Rui colocou o seu país no mapa do desporto automóvel com uma época de superlativos. Juntamente com os seus colegas de equipa da Team WRT, Robert Kubica (PL) e Louis Delétraz (CH), conquistou seis lugares no pódio em sete corridas, incluindo um P2 em Le Mans e três vitórias (Spa, Fuji, Bahrain).
O Rui hasteou a bandeira angolana em três continentes entre alguns dos melhores pilotos do mundo.
Rui e a equipa #41 chegaram ao Bahrain com uma vantagem confortável no campeonato e alinharam na grelha de partida sabendo que só teriam de terminar em 8º lugar para selar o título, caso algum dos seus dois rivais vencesse a corrida.
Felizmente, apesar das dificuldades no início do fim de semana de corrida, durante a corrida, tudo correu a seu favor. Com uma estratégia perfeita e um toque de sorte, subiram até ao segundo lugar e, com a infeliz última paragem nas boxes do carro irmão, saltaram para a liderança a 40 minutos do fim. Louis conduziu o Oreca LMP2 #41 até à vitória, conseguindo o máximo de 36 pontos e aumentando a sua liderança para uns impressionantes 59 pontos.
Uma vez que a categoria LMP2 não fará parte da grelha do FIA WEC a partir do próximo ano, Rui e os seus colegas de equipa ficarão na história como os últimos campeões mundiais de LMP2.
Rui Andrade:
“É difícil encontrar as palavras neste momento. Vai demorar algum tempo até nos apercebermos do que acabámos de alcançar. Ser campeão do mundo é algo com que todos os pilotos sonham. Conseguir fazê-lo desta forma, com uma época tão dominante como a que tivemos, é algo de especial. Os meus colegas de equipa foram excepcionais. Foi um prazer partilhar o carro com eles e aprender com eles. Toda a equipa WRT fez um excelente trabalho desde o dia em que me juntei a eles no ano passado. Ajudaram-me a tornar-me um melhor piloto e integraram-me na sua grande família. Um agradecimento especial ao Vincent e ao Bastien. Um enorme obrigado à minha família por todo o apoio que me deram ao longo dos anos. Obrigado aos meus patrocinadores Sonangol, Welwitschia Racing, ao meu país Angola e à Bullet Sport Management, sem os quais não poderia estar onde estou hoje. Encerra-se um capítulo incrível na minha carreira, mas há coisas excitantes no horizonte que mal posso esperar para começar.”
Maria Catarineu, Directora Comercial, Bullet Sports Management
Conheci o Rui em 2018, no início da sua carreira nos monolugares. Um jovem ambicioso de um país sem história no desporto automóvel e com pouca experiência de corrida em comparação com os seus pares. Tem sido um apaixonado, apesar de os resultados nem sempre reflectirem os esforços que fez. Então, em 2021, ajudámo-lo a encontrar a sua verdadeira vocação. O Rui mudou para os protótipos de automóveis e, desde o início, desenvolveu-se no novo ambiente. Em 2022, juntou-se aos nossos amigos da Team WRT, que lhe proporcionaram o ambiente perfeito para se tornar o piloto profissional que é hoje. Tem sido muito especial para nós assistir ao percurso do Rui até se tornar campeão do mundo.”
